Orientações para sua proteção na internet

 Orientações para sua proteção na internet







O dispositivo que mais exige informações é o smartphone, nossa “janela para o mundo”. Por isso é importante aprender os melhores usos possíveis em nossa rotina. 

Para acesso e interação em redes sociais, sites e aplicativos, somos obrigados a preencher cadastro e criar login e senha. 

Dessa forma, é fundamental configurar usos mais seguros de aplicativos ao filtrar as informações a serem acessadas e utilizadas por terceiros.

Cada indivíduo, para ser considerado ativo em uma rede social, deve ter perfil construído e pelo menos um acesso por mês. Para montar o perfil, o usuário preenche um cadastro. 

A coleta de dados pessoais, utilizados para direcionar sugestão de perfis para conectar, conteúdos para interagir e propagandas para consumo, começa já no primeiro cadastro de novo usuário.

 Além dos dados pessoais, as plataformas de redes sociais também rastreiam dados de navegação, ou seja, informações sobre quem você segue, com quem você se relaciona, em quais links você clica, quais posts você curte. 

Essas informações são associadas muitas vezes a dados de consumo e financeiros quando a plataforma oferece também e-commerce.

É um montão de informação sobre nós! Por isso é importante entender o que são dados pessoais e como podemos protegê-los.
No Brasil, está em vigor desde 2021 a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), regulação que nos ajuda a cuidar de nossas informações e exigir nossos direitos.

 Leia também  Conheça seus direitos e saiba como exercê-los

Quais dados são coletados pelas redes sociais?

Cada plataforma de rede social tem seus próprios termos de uso e coleta de dados, bem como cada site e aplicativo. A disponibilidade desse documento é uma exigência da LGPD. 

Nele estão descritas as políticas de privacidade e segurança da plataforma. São explicações relevantes para compreender como a empresa lida com a proteção de dados pessoais.

Ao criar o perfil na plataforma, o usuário tem de aceitar os termos e condições de uso. Esse clique de aceite é imprescindível, pois garante o consentimento para que a plataforma possa fazer a coleta dos dados pessoais e dados de comportamento.

Muitas vezes as empresas também pedem autorização para compartilhar as informações com terceiros, como parceiros de negócios e anunciantes.

Entre as informações coletadas pelas plataformas podem estar o telefone ou o e-mail. Esse recurso é importante para que a empresa consiga autenticar a identidade do titular da conta, ou seja, é uma dupla segurança para bloquear contas criadas para robôs. 

Os robôs são perfis criados por hackers para burlar a inteligência artificial que faz funcionar o algoritmo da plataforma.

Nessa mesma linha, os dados sobre a data do aniversário e ano de nascimento são para certificação de que o usuário é efetivamente maior de idade e adequação da experiência à faixa etária.

A autorização para acessar a geolocalização serve para rastrear a localização do usuário e divulgar ofertas conforme a cidade ou bairro em que a pessoa está.

Dos dados de comportamento social, as plataformas coletam curtidas, compartilhamentos e histórico de busca para que o algoritmo possa recomendar conteúdos mais personalizados. 

Muitas vezes essas informações também ajudam os desenvolvedores a melhorar a experiência do usuário.

 Como proteger seus dados pessoais em plataformas

 Não conecte perfis sociais a outras contas.

Ao criar o cadastro na plataforma, site ou aplicativo, normalmente é feita a pergunta se o usuário quer preencher o cadastro ou conectar com outra conta social. 

A escolha de logar com um e-mail poupa tempo, mas aumenta o risco porque permite monitorar não só o comportamento no aplicativo, mas também entre os aplicativos e cruzamentos de informações.

Há ainda o compartilhamento de fotos e agenda de contatos e não apenas na hora de criar o cadastro. Ao consentir com a conexão entre contas, o usuário permite que dois aplicativos dialoguem entre si continuamente, trocando informações sobre você. Portanto, reserve uns minutos a mais e faça o cadastro utilizando um endereço de e-mail.

Evite fornecer os contatos da agenda.

Esta dica é para aplicativos de redes sociais. Faz sentido para quem está preenchendo cadastro autorizar conexão com outros usuários e localizar pessoas conhecidas. 

Para facilitar o ingresso do usuário, as plataformas sociais costumam pedir permissão para acessar a agenda de contatos.

Como o objetivo de estar em uma rede social digital é se conectar com pessoas, usualmente esse acesso é autorizado, mas isso pode abrir brechas de privacidade.
Uma solução é autorizar o acesso à agenda no cadastro e depois desativar a sincronização nas configurações.

 Desative sua localização em tempo real.

Outra permissão usual ao instalar aplicativos é o acesso à localização em tempo real apenas durante o uso do aplicativo ou todo o tempo. Para quem produz conteúdos, o recurso facilita associar a recursos como endereços próximos para publicar um vídeo ou post e permite filtrar conteúdo próximo.

É um dilema entre segurança e praticidade, pois a geolocalização em tempo real pode ser uma aliada da melhor experiência do usuário no aplicativo. 

Mesmo com o serviço desativado, os apps poderão coletar informações sobre a localização do usuário com base nas informações armazenadas no sistema, como provedor de rede e endereço IP.


Limite os anúncios personalizados.

O uso de informações pessoais e de comportamento é feito para direcionar anúncios mais personalizados, de acordo com o perfil do usuário, o que pode ser benéfico. 

O problema é quando as plataformas, aplicativos e sites compartilham suas informações com empresas terceiras que pagam para anunciar produtos e serviços.

Uma forma de proteger sua conta é manter as configurações de segurança e privacidade em dia e atualizadas. A recomendação é de tempos em tempos revisar os dados de contato, ativar a verificação em duas etapas e criar uma senha forte e única, entre outras ações para se sentir mais protegido. .

Escrito por: Evaldo Pinheiro

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